quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Material Didáctico Novo - TECLADO

É verdade que as nossas crianças, hoje em dia parecem que já nascem a saber mexer em TUDO E TODOS aqueles programas e botões bizarros do computador e do teclado.

Mas para ajudar o João, este teclado é mais fácil de usar, principalmente para quem está a dar os primeiros passos no mundo das novas tecnologias, e no nosso caso especifico, no Mundo das letras, palavras, frases e leitura.

Teclas maiores!
... Coloridas!

NÃO RESISTI... e com um preço acessível... 19,95€

É perfeito!

É muito didáctico - as teclas estão identificadas por cor de acordo com sua função.
É muito estimulador! O João adorou!



CARACTERÍSTICAS:

Kids Keyboard
Teclado de Aprendizagem para Crianças:


- Teclas com cores diferentes para melhor distinção de letras, números e símbolos para uma melhor aprendizagem e facilidade de uso.
- Teclas resistentes e de resposta rápida aos dedos das criança.
- Ajuda as crianças a rapidamente aprenderem as vogais, consoantes e números.
- Ligação USB

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Mais uma crise - reicidente

Aparentemente, os autistas são saudáveis, são bonitos, fisicamente são perfeitos e à primeira vista são confundidos com pessoas “normais”!

Eles nem são tão complicados quanto parecem e dizem ser!
Mas nós, familiares e profissionais que estamos à volta deles observamos e estamos atentos a todos os seus passos, conseguimos compreender o que eles nos querem mostrar ou nos querem dizer.

De uma forma geral, precisam apenas de conviver num espaço organizado e estruturado, que favoreça a previsibilidade do seu dia.

É necessário respeitar o seu ritmo e compreender as suas necessidades.

Para os autistas é difícil compreender o sentido das coisas. Entram em crise e são agressivos, não é porque gostam de ser assim, ou porque nos querem castigar.

NÓS É QUE TEMOS DE ENTENDER E RESPEITAR O SEU ESPAÇO, O SEU TEMPO E AS SUAS LIMITAÇÕES!

Estou com este discurso todo, porque há muito tempo que o João não tinha uma crise. Muito tempo mesmo! Será algo que jamais se apagará da minha memória, mas... eu sei que, embora serão menos frequentes, é natural que por vezes não consiga evitar... e a culpa não é minha!... mas porque não consegui eu ler os primeiros sinais de que algo não estava bem?

Tudo começou numa festa de aniversário com meninos de cara pintada! Sem lhes ver o rosto, só pedia assustado:
- Quero ir embora!


Achei que era passageiro. Achei que devia insistir em fazê-lo enfrentar essa ansiedade.
Quando fomos embora, fomos jantar fora, um programa que adoram – fast food :o) – o João não quis comer nada e estava ansioso, inquieto, rabugento, implicativo, agressivo... mas achei que era o cansaço... um dia menos bom...??!!

Passamos entretanto num hipermercado – a última volta para irmos para casa – comprar iogurtes.
Insistiu que queria um camião enorme e caro. Tentei explicar que só podia comprar um mais pequeno e mais barato. Esse ficaria para o Natal. Explicação essa, que actualmente tem resultado, e ele aceita muito bem. Mas o dia realmente não era bom. Começou por uma birra, até que passamos para um ponto irreversível... uma crise.

Já nem estávamos perto do camião. Já nem era o camião!
A crise estava instalada... foi o descontrolo total:
- auto agressivo, mas mais agressividade contra mim, gritos, berros e frases fora de contexto... até que por fim desatou a vomitar.

Começou a ficar cansado e a crise foi desaparecendo.

Não se falou mais no assunto.

...e claro, as pessoas a olharem... não sei se já são os meus “complexos de perseguição”, mas senti aqueles olhares... "se fosse meu filho...", "que birra, que malcriado!"...

Apenas numa situação disse:
- Será que não existe ninguém que peça alguém responsável para ir buscar papel para nos limparmos? Ou estão à espera que eu limpe o que está sujo no chão?

Lá veio um senhor atencioso da loja, informar que já tinha chamado uma senhora da limpeza e nos trouxe papel para limpar o que era possível.

Sei que não devo, mas como mãe é impossível não me sentir culpada... como não consegui ler os sinais de que as coisas não estavam bem?

Concluindo, não podemos esquecer que os autistas são acima de tudo, crianças, adolescentes ou adultos e devemos proporcionar-lhes diversão e tarefas compatíveis com cada fase, espaço e tempo.

Os autistas têm dificuldades em entender o sentido de muitas coisas, que para nós são básicas! Dificuldade em sem entender o sentido das coisas, as intenções das pessoas, bem como existe dificuldade em entender coisas complexas ou abstractas!

Eles só querem que os aceitemos como eles são. Não querer mudá-los, aceitar como são, porque na verdade, aquilo que nos podem dar é muito... serem nossos amigos e sermos felizes.
...

Mensagem para P.

Mais uma vez recebi um mail de uma amiga, que não resistiu em partilhar comigo. E eu não resisto em partlhar convosco... uma realidade da nossa sociedade....

Crianças vêem
Crianças fazem...



Tirem as vossas conclusões.

Podemos contribuir... de uma forma POSITIVA!

Mensagem: AS MÃES SÃO O MÁXIMO!


Peço desculpa por este post tão pessoal.

Recebi um mail com o qual cá em casa nos identificamos muito.
Ainda pensei enviar directamente para algumas pessoas, mas... fica para aqui... e muitos Pais poderão ficar ofendidos, e para esses peço as minhas desculpas e peço um pouco de sentido de humor, mas pela minha experiência pessoal, sinto a necessidade de valorizar-me. A mim e as mães que têm a mesma luta que eu.

"Caminhava com a minha filha de 4 anos, quando ela apanhou qualquer coisa do chão e ia pôr na boca.
Ralhei com ela e disse-lhe para nunca fazer isso.
-Mas porquê? - Perguntou ela
Respondi que se estava no chão estava sujo e cheio micróbios.

Nesse momento, a minha filha olhou-me com admiração e perguntou:
- Mãe, como sabes tudo isso? És tão inteligente ...
Rapidamente reflecti, e respondi-lhe:
- Todas as mães sabem estas coisas. Quando alguém quer ser mãe, tem que fazer um teste e tem que saber todas estas coisas, se não, não pode ser mãe.
Caminhámos em silêncio cerca de 2, 3 minutos. Vi que ela pensava ainda sobre o assunto, e de repente disse :
- Ah, já percebi. Se não passasses o teste, tu eras o pai!
- Exactamente! - respondi com um grande sorriso na boca"

sábado, 25 de outubro de 2008

Um mimo ;o)

Este miminho foi-me oferecido pelas minhas amigas Anjo da Luz e Principezinho & Família
... e muito muito Obrigada.

* O vencedor recebe o prémio e deverá colocá-lo no seu Blog;
* Deveremos fazer referência à pessoa que nos endereçou;
* Enviar o mesmo prémio para 7 pessoas cujos os Blogues nos inspiram;
* Deixar um comentário nos Blogues que selecionamos, para que a pessoa saiba que foi presenteada e quem a presenteou.


Os meus Blogues de Inspiração:

* Vida com Pedro
* Pedro - Testemunho
* Águas Furtadas
* Lobitas
* Reino Encantado das Almofadas
* Estrumphando
* Aromas de Portugal

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

PLANETÁRIO


Mais um fim-de-semana alucinante, mas desta vez cultural!

Viajar pelo espaço e pelo tempo, conseguimos aprender a olhar para o céu com os nossos próprios olhos e descobrir os vários mistérios do nosso Universo.
No escuro do Planetário vimos as estrelas, a olho nú, a lua e os planetas! – MARAVILHOSO!

Tenho a sensação que ando a fugir ao tema ao qual deu origem este blog – autismo – mas por outro lado, parece-me que é uma forma de vos mostrar que podemos fazer com eles tudo o que se fazem com as outras crianças. E eles gostam, entendem e marca-os.

Por isso vou relatando aquilo que acho que seria impensável um autista fazer ou sentir... mas aquilo que concluímos é que estão sempre a surpreender-nos e por isso temos de continuar esta luta e, não desistir e ter sempre esperança!

“Os planetários são projetores especiais que mostram um céu artificial. Essas máquinas têm a capacidade de reproduzir o céu visível em qualquer parte do globo terrestre sem qualquer tipo de poluição e iluminação.
Dispondo de sofisticados e precisos componentes ópticos, mecânicos e eletrônicos, os planetários também reproduzem os principais fenômenos celestes visíveis a olho nu (movimento diário dos astros, fases da Lua, movimentos do Sol, estrelas cadentes, movimentos dos planetas, etc).
Utilizando recursos de multimedia, os planetários mostram ainda imagens ampliadas de diversos tipos de astros (planetas, estrelas, nebulosas, galáxias, cometas, etc).”

O João adorou ver as constelações! No caso dele Peixes, no caso do irmão José Touro! Não são os signos!!?? São as constelações! É fantástico perceber que entenderam a informação que lhes foi transmitida.

O João também queria ser o Dragão!
- Mãe quero transformar-me em dragão!

E simularam uma viagem planetária! - Foi delirante!
Pergunta o José:
- Se eu me levantar eu caio? – ahahahahha... eu própria tinha essa sensação!

“Considerando-se a variedade de meios, cenas e ambientes existentes no Universo, pode-se criar inúmeras apresentações sobre variados temas (pouso na Lua ou na superfície de um planeta qualquer, viagem até as estrelas, viagem pela Galáxia, viagem para outras galáxias, etc).
Combinando imagens do espaço, efeitos visuais com luzes e cores diferentes e ainda efeitos sonoros, os planetários permitem a realização de belíssimos shows que fascinam o público visitante.
Os planetários são montados em salas especiais de projeção. Eles utilizam como tela de projeção os tectos dessas salas, que são domos ou cúpulas.”

E lá estavamos nós sentados nas poltronas, todas encostadas para trás, para esquecermos que estavamos dentro de uma sala. Essa sensação é conseguida!

Para além de saber que o Sistema Solar vai fazer parte do programa do 3º ciclo, considero que para além de ter sido divertido, foi importante para a educação e cultura deles. De uma forma moderna, dinâmica e lúdica fizemos um programa diferente...
E nos nossos centros urbanos, que quase esquecemos que existem estrelas no céu, o planetário permitiu-nos conhecer um céu estrelado!

Foi simplesmente uma experiência fascinante e inesquecível para todos!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

KART’S

Conseguem imaginar o João a andar de Kart?
Sózinho?
Sem medo?
Sem receios?
Aventureiro e corajoso?

O José foi convidado para uma festa de aniversário no Kartódromo de Palmela.
Já pelo José achei que ele chegava lá e teria algum receio.

De repente vem o piolho do João e diz:
- Eu também quero!

Pensei de imediato:
- Ok. Levo-te, mas assim que ouvires os motores dos carros, as pessoas, a confusão e ainda tens de colocar um capacete na cabeça...


Já o imaginava agarrado às minhas pernas a pedir colo...

Quando chegamos lá, não me pareceu nada impressionado, mas vem a informação que é para mais de 6 anos e com mais de 1,50 de altura.

Ai como vou fazer agora? Tentei não me preocupar em demasiado. A excitação era muita, mas quando chegar a hora não se senta no carro....

Foi surpreendente...
Não vou descrever aquilo que senti, vi e vivi...


Mediram-no... estava quase no 1,50! ;o)) com boa vontade ahahaha... uma almofada nas costas...

Acelarar nas rectas, travar nas curvas... desviar-se dos meninos que se despitavam... dizer adeus quando passava por mim e ainda ouvir: - yupiiiiii!!!!

Vou colocar um pequeno filme e vejam com os vossos próprios olhos...




Aprendi que os kart’s vão muito além para aqueles que querem e gostam de acelarar, é também um bom local de lazer para toda a familia!


INFORMAÇÃO EXTRA:

* PREÇÁRIO DA PISTA JÚNIOR
Tempo: 15 minutos
Fins de Semana Feriados: 10,00 €


O menor deverá ser acompanhado por alguém seu responsável, caso contrário será necessário o preenchimento de um Termo de Responsabilidadel.



PISTA JUNIOR
Os mais novos também têm a sua pista de karting, onde podem viver as emoções de uma corrida "a sério". A assistência permante de um técnico permite às crianças divertirem-se com segurança, enquanto aprendem a conduzir e dominar um kart.Existe ainda um parque infantil e muito espaço para as mais diversas actividades ao ar livre, em pleno contacto com a natureza.


A escassos 40km de Lisboa e a 5 minutos de Setúbal

Morada:
HERDADE DE ALGERUZ

EMPREENDIMENTOS TURISTICOS,
2950 - 051 PALMELA
PORTUGAL

TEL: 265 538 500 / 265 538 504
FAX: 265 538 505 / 265 538 507
GPS: N 38.57957º , W 8.82954º

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Histórias Sociais - RECREIO


Tal como prometido...
Trabalhado nas férias... e agora a dar os seus frutos!

Podem fazer download no site de Actividades.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

EMOÇÃO - MORTE



Este fim de semana fui confrontada com a morte de alguém muito próximo e querido. Este blog não é para as minhas tristezas nem desabafos... mas fica aqui um tema em aberto para discutir:



Como informar uma criança sobre a morte?

Não é interessante, mas a verdade é que me vi confrontada com isso este fim-de-semana!
Será que o ideal é poupar as crianças desse tema, desse conceito, achando sempre que são pequenas para entender? O ideal é que cresçam sem medo?

O João ainda não entende... ainda não tem percepção de que a morte, seja de alguém querido ou até mesmo de um animal de estimação é mau, e será que algum dia terá essa percepção? Mas embora este blog seja para discutir sobre o tema do autismo, jamais esqueço que tenho outro filho, com 8 anos e que já sente a morte como algo ruim e angustiante. Por isso sinto-me uma peça fundamental para lhe explicar que a morte faz parte do ciclo natural da vida... por muito que neste momento não consiga eu própria interiorizar isso!

Não é que já não tenham tentado abordar o assunto cá em casa, mas sempre fugi a essa explicação. Agora não posso fugir mais, pois nem consigo esconder a tristeza que isso trás.

* Não possso dizer que a pessoa dormiu para sempre ou está a descansar para sempre, pois vai ficar com medo quando tiver que ir dormir.

* Não posso usar a expressão “foi fazer uma longa viagem”, pois não quero que pense que todos os que fazem uma viagem podem nunca mais voltar... ou que a pessoa morte poderá voltar um dia...

Desde criança fui muito poupada a estas situações... por isso hoje em adulta, me custa tanto aceitar e ultrapassar. Por isso sou da opinião que o José e o João não devem ser excluídos dessa experiência, para que eles próprios consigam criar a sua forma e o seu processo de luto. Viverem este processo sem lhes criar em qualquer momento um sentimento de culpa, medo ou trauma.
Neste caso, a pessoa em questão vai ser cremada, mas, habitualmente, o último adeus é o funeral. E se fosse o caso, deixaria eles optarem, de forma a que se não quisessem ir, não se sentissem culpadas por não ir. Mas essa decisão de irem, tem sempre que ser muito bem explicada, pois pode ser traumatizante todo o cenário que vão assistir.

Somos essenciais neste processo de crecimento. Temos de mostrar que somos fortes, que não temos medo e não lhes podemos poupar a esse sofrimento... caso contrário, mais tarde reagirão como nós, da mesma forma – com medo.

Eu sei que tenho de mostrar com naturalidade que este é o ciclo da vida e ajudá-los a lidar com a morte sem problemas.

Não está a ser fácil...


Não o deveria fazer aqui, mas fica a minha pequena despedida, para alguém muito querido!

“É mais fácil dizer ADEUS quando não conhecemos...
Tantas coisas que ficaram por dizer. Mesmo pequenas. Mesmo pouco importantes...
A morte atraiçoou a celebração do nosso reencontro. A morte matou as nossas palavras.

Não falaste, porque não podias, nem uma palavra, um gesto, um sorriso... ficou o silêncio em forma de dor.
Não choras porque tens os olhos fechados, mas eu chorei por ti e ainda choro sempre que me lembro de ti... a tua partida silenciosa faz-me chorar durante dia e noite...
Quero chamar por ti, mas apenas o silêncio responde-me.
Guardo dentro de mim a tua imagem, a memória daquilo que foste e tudo o que aprendi contigo.
A revolta da tua partida ainda está dentro de mim, como os dias são dias e as noites são noites. Sinto que te roubaram à vida num gesto brusco e cruel... nem sequer pude olhar para ti e dizer-te ADEUS nos olhos. Esse ADEUS perdura, vive, como a tua ausência, sentida e que ainda me custa a aceitar.
Não quero dizer ADEUS... quero ficar com a lembrança de como eras em vida. Quero apenas dar um sorriso e dizer até breve... de forma a pensar que não vais desaparecer para sempre.

As pessoas que amamos, mesmo depois de mortas continuam a fazer parte da nossa vida... estarás sempre eternamente no meu coração!
Estejas onde estiveres, sei que vais olhar por mim... e eu vou guardar-te sempre... fica a saber que existe um cantinho no meu coração que é só teu... eternamente teu.
Não perdi o meu Vitor dentro de mim... existirás sempre, ainda que através de todos os que estão vivos.
Aqueles que amamos nunca morrem... apenas partem antes de nós.

Da tua menina...
Sofia”

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Nova Escola



As férias terminaram. Novo ano lectivo, início das aulas = INSEGURANÇA.
Insegurança para o João? Nova escola, novos amigos, nova Educadora de sala, nova Educadora de Ensino especial – MUDANÇA...
Mas e nós PAIS?

Tudo altera-se também na nossa rotina! Terá sido a melhor escolha? Não tinha outra alternativa... novos horários, contacto com pessoas novas...

Então quando fui à reunião geral de pais. Sempre habituada a escolas privadas... nunca pensei assistir a algo tão assustador! Vi pais falarem uns por cima dos outros! Sem respeito pelas pessoas que vao tomar conta dos nossos filhos, que ajudam a educar...
Mas... não era suposto estarmos a falar das nossas crianças?
Quais os projectos?
Os objectivos?
Como funciona a escola?
Os trabalhos...
Apenas vi os pais a discutir sobre porque têm de pagar música para os seus filhos... porque é que é no horário escolar e não no ATL? Estamos a falar de um valor de 17€ para música e educação física!
Senti que perdia o meu tempo ali... estava no sitio errado... aquela escola não está preparada para receber o meu filho...

Mais tarde falei com a educadora de sala, e mais tarde com a educadora de ensino especial, e confesso que estou mais tranquila... mas sempre ansiosa, preocupada... é tudo muito diferente. Por isso também esta mudança deixa-me insegura...

A própria segurança da escola deixa muito a “desejar” – falta de auxiliares... o problema de todas as escolas públicas.

O João não pode entrar antes das 9 da manhã na escola! Quem os recebe é a Sr. da copa da cozinha! Nada tenho contra... mas cada um tem a sua função e especialidade. Esta não é com certeza a dela. Para além de que é ela sózinha que recebe os meninos desde o jardim de infância até aos meninos do 4º ano... ATERRORIZADA, foi como me senti. Impotente para proteger o meu menino. Tenho o meu pai desempregado... recorri a ele... o que me deixa muiiiiito mais tranquila. Mas isto não é solução!

Mas não posso desistir! Não posso voltar atrás. O João tem de estar preparado, tem de ser preparado para as mudanças e a saber defender-se e cuidar-se de si próprio!

Mais uma etapa nova nas nossas vidas.

Entretanto vou colocar disponivel o caderno que fiz com a Ana da APPDA – Histórias Sociais – que acho que ajudaram muito o João.
Já diz que tem um amigo que é muito rebelde! Ahahahah – estas são as palavras dele!
Ele tem um amigo? E sabe o nome dele? E usa um adjectivo para o “classificar”??? ahahahahaa...

Nem tudo é bom...
Nem tudo é mau...

“Diz-me, e eu esquecerei; ensina-me e eu lembrar-me-ei; envolve-me, e eu aprenderei.”

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Rubifen: outra vez!?


A propósito de um comentário, e sabem que não respondo aos comentários, não por falta de vontade, mas depois não fariamos outra coisa. E a intenção é deixar-mos o nosso "contributo" da melhor forma que sabemos.
Mas inevitavelmente, este dá para tema de conversa: em função da decisão que tomei quando foi dada a nova medicação ao João - Rubifen -, e a que tomei neste momento.

"(...) Também tenho um filho com PEA com 5 anos e o caminho que temos percorrido não tem sido fácil, mas com empenho, dedicação, com o apoio de uma equipa de técnicos excepcionais e devido à própria personalidade e capacidades do meu filho, a evolução tem sido surpreendentemente positiva. Começámos este mês a dar-lhe rubifen. Ele está a tomar 5mg por dia, pois ainda não tivemos coragem para dar 10 mg e, à partida, a concentração tem aumentado sem grandes alterações do humor( fizemos uma experiência em Agosto com Ritalina LA e a reacção dele foi péssima pois acentuou a componente autística e tornou-o quase disfuncional). Como é que o João tem estado a reagir ao rubifen?(...)."

Alguns comentários foram deixados com várias opiniões. E nós como pais, só nós, sabemos que decisão tomar ou não tomar.
Efectivamente Rubifen é um medicamento com muitas contra indicações. Poderá ter os seus lados positivos, mas como mãe penso sempre que seria melhor não precisar.

Como toma o Risperdal, e esse sim eu não desisto! Não existem palavras para descrever a ajuda que tem sido, o mesmo não digo do Rubifen - não tenho opinião definida...


Estamos a falar de um menino de 5 anos. Queremos o quê? Que perca a sua própria personalidade para o podermos transformar naquilo que consideramos ideal?


Como nas férias não toma, nem aos fins de semana, falei com a Educadora de Ensino Especial (da qual mais tarde falarei com o maior respeito com que fiquei, mas que não tem sido oportuno), e perguntei o que ela achava de eu não dar o remédio ao João. Se ele está a conseguir as coisas, com o seu tempo e espaço, mas vai conseguindo... porque não respeitar isso!?
Fiquei surpreendida com a resposta. Estavamos em sintonia.

Porque não dar uma oportunidade ao João de ser quem é e mostrar o que consegue?


Ficou então acordado o João não tomar o Rubifen. Sempre atentas às suas atitudes comportamentais, mas pensando sempre e questionando sempre: "vale a pena dar o rubifen?"

Ficou combinado que toda a atenção vai ser prestada, mas permitir primeiro o João dar-se a conhecer, sem medicação. Vamos dar-lhe essa oportunidade...

Resultados? Precoce dizê-lo... mas não temos sentido falta do medicamento :o)

Por isso... tudo passa por uma reflexão, ponderação, dedicação e acima de tudo alguma sensibilidade.