Muito falado, muito explicado.
Para mim e para o João? Fabuloso.
Para muitas crianças o método Teacch ajuda na comunicação, quando a mesma tem ausência de linguagem. Para o João, que tinha uma linguagem, mas muito primária, tem sido um sucesso. Mas o interessante é que não é só útil para meninos problemáticos! O José, adora que todo este método seja aplicado com ele. Para além de se sentir integrado, sente-se mais organizado!
Este método tem ajudado-os a compreender tudo o que se passa à volta deles e reagir de acordo com esse ambiente.
Claro que o método Teacch é muito mais que isto! Mas não pretendo aqui explicar no que consiste este método. Quero apenas partilhar a forma como ele tem contribuido para a evolução positiva do João.
Acontece que este método só resulta se for executado em equipa. Tem de existir uma relação e continuidade do trabalho feito pela terapeuta. E disso eu não abro mão. Mesmo que isso passe por ter de retirar tempo meu. Mesmo que deixe de ter vida própria. Sei que deveria dedicar mais tempo a mim, mas esse tempo é precioso para o José e para o João. Como tal, não posso desperdiçar nenhum minuto. Não posso correr o risco de o João não conseguir ser independente e me ver na agonia que muitos pais vivem de não saberem onde colocar os seus filhos. Não posso permitir que o João se torne num autista adulto inadaptado! Tenho que lhe dar a oportunidade de conseguir a maior autonomia possivel.
Não posso parar, como já disse, não vou correr o risco que o João regrida, pois essa regressão pode ser irreversível!
O João e crianças como ele, não podem parar, têm de estar sempre a ser estimuladas. Não podemos hesitar.
O João consegue neste momento comandar o seu corpo.
Tem dificuldades na motricidade fina, mas que eu acredito que também essa dificuldade vai conseguir ultrapassar. E não será de uma forma estereotipada!
Neste momento, alguns dos seus progressos são estereotipados. É visivel em muitos diálogos que tentamos ter com o João. Constrói frases muito elaboradas, possui um vocabulário extenso, mas na verdade, muitas vezes fora do contexto! MAS...!!! Mas é um grande passo!
E agarrada a esses passos, a esta evolução, a este estado, que me recuso a baixar os braços, independentemente das dificuldades que vão surgindo, independentemente de algumas pessoas importantes na sua vida recusarem-se a colaborar e perceber a importância deste trabalho.
Mas ver o João que:
- Não tinha capacidade de ler a minha expressão facial -
"Mamã, tás tiste?"
- Não brincava ao faz de conta -
"Mamã, olha eu andar de surf!" - e estar em cima do sofá com os braços abertos, a fazer equilibrio em cima da suposta prancha...
Como posso eu fechar os olhos?
Como posso eu baixar os braços?
Como posso eu desistir?
...
Para mim e para o João? Fabuloso.
Para muitas crianças o método Teacch ajuda na comunicação, quando a mesma tem ausência de linguagem. Para o João, que tinha uma linguagem, mas muito primária, tem sido um sucesso. Mas o interessante é que não é só útil para meninos problemáticos! O José, adora que todo este método seja aplicado com ele. Para além de se sentir integrado, sente-se mais organizado!
Este método tem ajudado-os a compreender tudo o que se passa à volta deles e reagir de acordo com esse ambiente.
Claro que o método Teacch é muito mais que isto! Mas não pretendo aqui explicar no que consiste este método. Quero apenas partilhar a forma como ele tem contribuido para a evolução positiva do João.
Acontece que este método só resulta se for executado em equipa. Tem de existir uma relação e continuidade do trabalho feito pela terapeuta. E disso eu não abro mão. Mesmo que isso passe por ter de retirar tempo meu. Mesmo que deixe de ter vida própria. Sei que deveria dedicar mais tempo a mim, mas esse tempo é precioso para o José e para o João. Como tal, não posso desperdiçar nenhum minuto. Não posso correr o risco de o João não conseguir ser independente e me ver na agonia que muitos pais vivem de não saberem onde colocar os seus filhos. Não posso permitir que o João se torne num autista adulto inadaptado! Tenho que lhe dar a oportunidade de conseguir a maior autonomia possivel.
Não posso parar, como já disse, não vou correr o risco que o João regrida, pois essa regressão pode ser irreversível!
O João e crianças como ele, não podem parar, têm de estar sempre a ser estimuladas. Não podemos hesitar.
O João consegue neste momento comandar o seu corpo.
Tem dificuldades na motricidade fina, mas que eu acredito que também essa dificuldade vai conseguir ultrapassar. E não será de uma forma estereotipada!
Neste momento, alguns dos seus progressos são estereotipados. É visivel em muitos diálogos que tentamos ter com o João. Constrói frases muito elaboradas, possui um vocabulário extenso, mas na verdade, muitas vezes fora do contexto! MAS...!!! Mas é um grande passo!
E agarrada a esses passos, a esta evolução, a este estado, que me recuso a baixar os braços, independentemente das dificuldades que vão surgindo, independentemente de algumas pessoas importantes na sua vida recusarem-se a colaborar e perceber a importância deste trabalho.
Mas ver o João que:
- Não tinha capacidade de ler a minha expressão facial -
"Mamã, tás tiste?"
- Não brincava ao faz de conta -
"Mamã, olha eu andar de surf!" - e estar em cima do sofá com os braços abertos, a fazer equilibrio em cima da suposta prancha...
Como posso eu fechar os olhos?
Como posso eu baixar os braços?
Como posso eu desistir?
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