Não querendo usar o blog para criticar ‘A’, ‘B’ ou ‘C’, a
ideia aqui sempre foi trazer as minhas experiências como mãe de um menino com
Espectro de autismo, contando as rotinas, conquistas, dificuldades em busca de
difundir uma noção correta sobre a convivência sadia da sociedade com as
crianças deste e outros síndromes.
Mas infelizmente hoje vou trazer um manifesto as famílias
que lutam para que os seus filhos sejam incluídos e respeitados na sociedade e
nas escolas.
A passagem de um menino do 4º ano para o 5º ano traz muitos
desafios e merece uma atenção especial de escola que os vai acolher.
No inicio das aulas a apreensão com o que íamos
encontrar foi muita: um espaço maior, mais alunos, mais matérias e mais professores.
A preocupação e o frio na barriga era constante - estava
prestes a passar por uma grande mudança na rotina escolar.
Tradicionalmente, o 4º ano é um ano que existe uma
professora polivalente, que para além de ensinar, estabelece uma relação de
afeto com os alunos. Agora no 5º ano, a cada 45 minutos, entra numa sala
diferente, com um professor diferente, cada um com uma forma e uma linguagem
própria de trabalhar os temas das suas disciplinas. Sem falar na quantidade de
TPC’s e livros que passam a utilizar.
Há uma modificação na natureza do vinculo entre o
professor e os alunos e na relação desses com o tempo, que deixa de ser tão
elástico e passa a ser mais marcado.
Esta adaptação tem de ser feita com muita atenção para
evitar a desmotivação, a frustração, que afeta de forma negativa o desempenho e
o sucesso.
A inclusão é um dos princípios fundamentais dos direitos
humanos. Inclusão significa mais igualdade de oportunidades, mais
desenvolvimento para os que foram historicamente excluídos. É adequar e fazer
chegar a pobres, negros, pessoas com deficiência e outros grupos com
desvantagem social, as politicas publicas que geralmente só atingem uma parte
mais privilegiada da população.
É chocante o desconhecimento sobre a universalidade dos
direitos humanos.
Neste caso especifico, para que esta integração possa ser
feita com sucesso e diminuir a frustração, peço somente que os novos
professores, se preocupem com a linguagem que utilizam na sala de aula,
procurando serem claros e acima de tudo, respeitarem o que está estabelecido no
PEI.