Não tem sido fácil.
Se uns dias acho que vejo a luz ao fundo do túnel, noutros vejo a escuridão total.
Não está a ser fácil.
Já tinha sido preparada para esta situação. Mas na verdade, nunca se está preparado.
Voltaram as crises e a instabilidade.
Parou de aprender.
Os gritos por vezes são ensurdecedores!
Quando chega o final da semana estou esgotada.
A vigilância tem de ser constante.
Muitas vezes sinto-me envergonhada. Embora neste momento já pouco importa o que as outras pessoas pensam.
Como me sinto?
Cansada... e culpada por sentir esse cansaço.
A equipa do João é composta por grandes profissionais, mas reconheço que tenho uma obsessão. Encontrar o melhor lugar para o João receber o seu tratamento, tanto a nível terapeutico, educacional e emocional, de forma a que me permita não esquecer que tenho outro filho. Filho esse que precisa muito de mim.
É dificil, pois o João monopoliza toda a minha atenção, não me posso distrair.
Dou muito valor ao José: toda a sua paciencia e tolerância.
Muitas vezes oiço um desabafo:
- Porque não tenho um irmão normal?
Mas ao mesmo tempo também oiço o José a falar para o irmão, sózinhos no quarto:
- Tens medo João? Não tenhas. Está aqui o teu irmão mais velho. Eu protejo-te!
Não tenho duvidas que o José adora o irmão. Mas se para mim, que sou mãe, se torna dificil, consigo entender as atitudes e comportamentos do José.
Mas, muitas vezes esses comportamentos não ajudam nada, levando-me mais depressa à exaustão.
É dificil lidar, entender, perceber que para o João não existe "meio termo".
Branco - Negro
Frio - Quente
Não existe uma passagem intermediária..
É sempre de um extremo ao outro!
Se uns dias acho que vejo a luz ao fundo do túnel, noutros vejo a escuridão total.
Não está a ser fácil.
Já tinha sido preparada para esta situação. Mas na verdade, nunca se está preparado.
Voltaram as crises e a instabilidade.
Parou de aprender.
Os gritos por vezes são ensurdecedores!
Quando chega o final da semana estou esgotada.
A vigilância tem de ser constante.
Muitas vezes sinto-me envergonhada. Embora neste momento já pouco importa o que as outras pessoas pensam.
Como me sinto?
Cansada... e culpada por sentir esse cansaço.
A equipa do João é composta por grandes profissionais, mas reconheço que tenho uma obsessão. Encontrar o melhor lugar para o João receber o seu tratamento, tanto a nível terapeutico, educacional e emocional, de forma a que me permita não esquecer que tenho outro filho. Filho esse que precisa muito de mim.
É dificil, pois o João monopoliza toda a minha atenção, não me posso distrair.
Dou muito valor ao José: toda a sua paciencia e tolerância.
Muitas vezes oiço um desabafo:
- Porque não tenho um irmão normal?
Mas ao mesmo tempo também oiço o José a falar para o irmão, sózinhos no quarto:
- Tens medo João? Não tenhas. Está aqui o teu irmão mais velho. Eu protejo-te!
Não tenho duvidas que o José adora o irmão. Mas se para mim, que sou mãe, se torna dificil, consigo entender as atitudes e comportamentos do José.
Mas, muitas vezes esses comportamentos não ajudam nada, levando-me mais depressa à exaustão.
É dificil lidar, entender, perceber que para o João não existe "meio termo".
Branco - Negro
Frio - Quente
Não existe uma passagem intermediária..
É sempre de um extremo ao outro!
1 comentário:
Olá mãe,
Como eu sei o quanto é dificil nos mantermos sempre optimistas no que diz respeito aos nossos meninos...
Sou mae de um menino autista, com 14 anitos...é tão grande de tamanho, mas é tão pequenino por dentro...um dia uma jóia de criança, outro dia um terrorista autenticoi, o que por muitas vezes nos leva ao desespero total...Coragem amiga, afinal os nossos meninos são e serão sempre muito especiais.
Patricia Rodrigues
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