Ao ler a Máxima de Março 2008, deparei-me com a abordagem deste assunto:
As crianças precisam de pais perfeitos? by Júlia Serrão.
Sei que não é um assunto habitualmente abordado aqui - autismo - mas são pensamentos, ideias, dores, incertezas que passam pela cabeça de todos nós.
É inevitável não partilhar isto convosco...
Como mãe procuro dar-lhes educação mas também conseguir proporcionar-lhes bem estar e conforto. Quero a felicidade dos meus filhos acima de tudo, e contribuir de uma forma activa. Reconheço que aspiro a ser uma mãe perfeita independentemente do que isso signica para mim.
Coloca-se a questão:
"... as crianças precisam mesmo de pais perfeitos?"
Não existem filhos perfeitos, não existem pais perfeitos, " e nem as crianças precisam de pais perfeitos. O que elas precisam é de pais naturais, pais atentos e pais contentores das suas angustias." Nem sempre consigo não transmitir essa angústia, esses receios as dúvidas, mas quando o faço tento fazê-lo de uma forma o mais natural possivel!
"Não há pais super-homens nem mães super-mulheres, o que existe são homens e mulheres a aprender a ser pais, todos os dias.
O melhor pai - e a melhor mãe - é aquele que ama sem limites e limita por amor. Um bom pai dá oportunidade. E um pai excelente nunca desiste."
Mas a verdade, é que para mim, ser uma boa mãe, por exemplo, no campo dos afectos, é proteger as minhas crianças a todo o custo do mal, das dificuldades e até da tristeza.
Mas diz o artigo: "... não esquecer o direito da criança a passar por tudo isso, também como forma de fortalecer-se. ...
... Os bons pais são aqueles que não percorrem o caminho pelo filho, mas que indicam o caminho a percorrer, pois ajudam a separação a autonomia."
Diz ainda o artigo:
"...os pais correm o risco de não amar os filhos ao sobreprotegê-los (...) Se não a deixarmos experimentar, fazer as suas próprias experiências, se não soubermos largar-lhe a mão, ela jamais saberá caminhar sózinha"
É preciso abandonar a ideia de que o nosso papel é evitar que os nossos filhos sintam angústias, tristeza e desânimo, "lembrando que é importante que a criança viva estes momentos da melhor forma que sabe..."
Diz ainda:
"Para crescermos saudáveis temos de aprender a ter resistência à frustação, e quanto maior esta for também maior é a força do ego..."
Isto para concluir:
"...se nos formos habituando a lidar com as dúvidas e dificuldades e com as especificidades de cada um desses estágios de vida, conseguimos alcançar a maturidade! (...) é preciso prepará-los para saber lidar com os conflitos. Os conflitos são saudáveis, fazem crescer, pois obrigam a encontrar estratégias para ultrapassar os problemas e arranjar soluções."
"(...) os bons pais e as boas mães são aqueles que não se cansam de dizer aos filhos: - Tu és capaz, é dificil, tens dificuldades mas tu vais VENCER!"
"As crianças tendem a crescer através do modelo. Não fazer aquilo que os pais lhes dizem para fazer, mas aquilo que vêem os pais fazerem."
Não me sinto aliviada ao ler este artigo, também não me parece que seja esse o objectivo.
Mas se por um lado consigo entender a ideia que é transmitida e até posso concordar com algumas delas... até que ponto EU, MÃE, neste caso sou só eu, consigo gerir e ser racional o suficientemente para colocar isto em prática?
A verdade é que não amo menos os meus filhos por não conseguir seguir estas regras...
Reconheço os meus erros, quero ser a super mulher, e muitas vezes defronto-me com as minhas limitações, o que me deixam frustada... mas acima de tudo:
AMO os meus filhos.
As crianças precisam de pais perfeitos? by Júlia Serrão.
Sei que não é um assunto habitualmente abordado aqui - autismo - mas são pensamentos, ideias, dores, incertezas que passam pela cabeça de todos nós.
É inevitável não partilhar isto convosco...
Como mãe procuro dar-lhes educação mas também conseguir proporcionar-lhes bem estar e conforto. Quero a felicidade dos meus filhos acima de tudo, e contribuir de uma forma activa. Reconheço que aspiro a ser uma mãe perfeita independentemente do que isso signica para mim.
Coloca-se a questão:
"... as crianças precisam mesmo de pais perfeitos?"
Não existem filhos perfeitos, não existem pais perfeitos, " e nem as crianças precisam de pais perfeitos. O que elas precisam é de pais naturais, pais atentos e pais contentores das suas angustias." Nem sempre consigo não transmitir essa angústia, esses receios as dúvidas, mas quando o faço tento fazê-lo de uma forma o mais natural possivel!
"Não há pais super-homens nem mães super-mulheres, o que existe são homens e mulheres a aprender a ser pais, todos os dias.
O melhor pai - e a melhor mãe - é aquele que ama sem limites e limita por amor. Um bom pai dá oportunidade. E um pai excelente nunca desiste."
Mas a verdade, é que para mim, ser uma boa mãe, por exemplo, no campo dos afectos, é proteger as minhas crianças a todo o custo do mal, das dificuldades e até da tristeza.
Mas diz o artigo: "... não esquecer o direito da criança a passar por tudo isso, também como forma de fortalecer-se. ...
... Os bons pais são aqueles que não percorrem o caminho pelo filho, mas que indicam o caminho a percorrer, pois ajudam a separação a autonomia."
Diz ainda o artigo:
"...os pais correm o risco de não amar os filhos ao sobreprotegê-los (...) Se não a deixarmos experimentar, fazer as suas próprias experiências, se não soubermos largar-lhe a mão, ela jamais saberá caminhar sózinha"
É preciso abandonar a ideia de que o nosso papel é evitar que os nossos filhos sintam angústias, tristeza e desânimo, "lembrando que é importante que a criança viva estes momentos da melhor forma que sabe..."
Diz ainda:
"Para crescermos saudáveis temos de aprender a ter resistência à frustação, e quanto maior esta for também maior é a força do ego..."
Isto para concluir:
"...se nos formos habituando a lidar com as dúvidas e dificuldades e com as especificidades de cada um desses estágios de vida, conseguimos alcançar a maturidade! (...) é preciso prepará-los para saber lidar com os conflitos. Os conflitos são saudáveis, fazem crescer, pois obrigam a encontrar estratégias para ultrapassar os problemas e arranjar soluções."
"(...) os bons pais e as boas mães são aqueles que não se cansam de dizer aos filhos: - Tu és capaz, é dificil, tens dificuldades mas tu vais VENCER!"
"As crianças tendem a crescer através do modelo. Não fazer aquilo que os pais lhes dizem para fazer, mas aquilo que vêem os pais fazerem."
Não me sinto aliviada ao ler este artigo, também não me parece que seja esse o objectivo.
Mas se por um lado consigo entender a ideia que é transmitida e até posso concordar com algumas delas... até que ponto EU, MÃE, neste caso sou só eu, consigo gerir e ser racional o suficientemente para colocar isto em prática?
A verdade é que não amo menos os meus filhos por não conseguir seguir estas regras...
Reconheço os meus erros, quero ser a super mulher, e muitas vezes defronto-me com as minhas limitações, o que me deixam frustada... mas acima de tudo:
AMO os meus filhos.
1 comentário:
Bom artigo e belo principio para reflexão...
Estou convencida que "erramos como pais" quando queremos compensar algo que achamos que não está bem...
No meu caso tento compensá-lo da falta de autonomia...de não andar...
Será que os compensas por terem um pai ausente e no caso do João ainda um pouco mais???
Acho que é neste ponto que acabamos por errar. Mas é muito dificil decidir fazer o que nos aconselham ( e que racionalmente sabemos que está certo) e aquilo que o coração manda-compensar...compensar...
Eles são felizes com pouco...eu lembro-me de ser criança e estar sempre feliz...
Só queria a tenção dos meus pais um pouco no fim do dia...os seus beijinhos e BRINCAR muito....
É bom termos a teoria e ir aplicando em doses suaves, à medida do nosso coração.
Um beijo para um EXCELENTE mãe...
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