quarta-feira, 2 de abril de 2014

2 de abril | Dia Mundial de Conscientização do Autismo - World Autism Awareness Day



Não foi por acaso que a ONU (Organização das Nações Unidas) decretou o dia 2 de abril como Dia Mundial de Conscientização do Autismo (World Autism Awareness Day), desde 2008.
Em alguns países é um dia que não passa despercebido: a data é recordada com iluminação em azul, a cor definida para o autismo. No Brasil, por exemplo, monumentos importantes, tal como, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
No resto do mundo, outros pontos  importantes acendem a ‘luz azul’, como no ano passado o prédio Empire State, em Nova York e a CN Tower, em Toronto.
Segundo a ONU, acredita-se que existem mais de 70 milhões de pessoas com autismo - que  afeta a maneira como comunicam e interagem. A incidência é maior em meninos, existindo uma relação de quatro meninos para uma menina com autismo.
No ano passado, o presidente dos Estados Unidos fez um discurso no dia 2 de abril, reforçando a importância desta data:
‘Temos feito grandes progressos, mas os desafios e as barreiras ainda permanecem para as pessoas com espectro do autismo e seus familiares. É por isso que temos aplicado os investimentos na pesquisa do autismo, deteção e tratamentos inovadores - desde a intervenção precoce para crianças e os serviços de apoio à família para melhorar o suporte para os adultos autistas’. Barack Obama ainda concluiu: ‘Com cada nova política para romper estas barreiras, e com cada atitude para novas reformas, aproximaremos de um mundo livre de discriminação, onde todos possam alcançar seu potencial máximo.’
Em Portugal, é preciso alertar, sobretudo, o poder para a criação de políticas de saúde pública para o tratamento e diagnóstico do autismo, além de apoiar e subsidiar pesquisas na área. Somente o diagnóstico precoce, e consequentemente iniciar uma intervenção precoce, pode oferecer mais qualidade de vida às pessoas com autismo, para a seguir iniciar estatísticas na área e ter uma ideia da dimensão dessa realidade em Portugal – e MUDÁ-LA!
Para muitos, o autismo remete à imagem dos casos mais graves, mas existem vários níveis dentro do espectro autista. Nos limites dessa variação, há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro, além de raros casos com diversas habilidades mentais, como o Síndrome de Asperger (um tipo leve de autismo) - atribuído inclusive a génios, tais como, Leonardo Da Vinci, Michel Ângelo, Mozart e Einstein. Mas é preciso desfazer o mito de que todos os autistas têm um ‘superpoder’ - os casos de genialidade são raríssimos!
A medicina e a ciência de um modo geral sabem muito pouco sobre o autismo, descrito pela primeira vez em 1943 e só em 1993 incluído na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde, como um transtorno invasivo do desenvolvimento. Muitas pesquisas pelo mundo fora tentam descobrir causas, intervenções mais eficazes e a tão esperada cura.
Mas atualmente apenas existem alguns tratamentos que podem tornar a qualidade de vida da pessoa com autismo sensivelmente melhor.
Concluindo: tão importante quanto descobrir a cura, é permitir que os autistas de hoje sejam incluídos na sociedade e tenham mais qualidade de vida e respeito pela mesma.