segunda-feira, 21 de julho de 2014

Teatro Tivoli | Espectáculo de dança



A magia vai começar! - em Teatro Tivoli.





A magia aconteceu! Mais uma barreira social derrubada! Parabéns J. e obrigada escola Jazzy dance studios!

terça-feira, 15 de julho de 2014

PDS - Educação



"A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo." - Nelson Mandela - África do Sul 1918/2013

 



Todos os anos, o início do ano letivo é penoso, doloroso e difícil. Este ano foi ainda mais, pois com a mudança de escola, de turma e de ciclo, essa adaptação foi ainda mais difícil.
 

Todas as mudanças são difíceis, mas este ano foi especialmente penoso: - começou por as boas vindas na unidade ter sido: oh João! Não deverias estar aqui!
- a turma onde foi inserido estava junta de um ano anterior, mas não existiu o cuidado de ser apresentado à turma.
- eu, mãe, tive de tomar a iniciativa de ensinar o J. a comprar as suas senhas de almoço, pois no início não foi muito bem recebido pela unidade, tal como já referi anteriormente, devido a divergências entre mim (mãe) e a professora de ensino especial, que não teve capacidade de separar as "águas".   
- no início foi difícil para o J. gerir o seu horário escolar. Era uma realidade escolar nova e para o qual não estava preparado. Conciliar as várias disciplinas, várias salas, novos espaços e sem qualquer atenção para o ajudar, o que o levou a faltar a algumas disciplinas e não existiu qualquer preocupação por parte desta unidade.  
- o trabalho desenvolvido na unidade não ia ao encontro com as aulas a que ia assistir.
- insistência de perguntar ao J. se tomava a medicação ritalina, mas depois o trabalho executado na unidade era a data de nascimento!? E coloco a questão: qual a necessidade de passar a responsabilidade que deve tomar a medicação e pior, associar o seu mau comportamento à ausência deste medicamento. O J. chegou a afirmar que não conseguia portar-se bem, porque precisava de medicação! Não é assim que pretendo que o J. cresça! A medicação é para a concentração e não para o bom comportamento ou domesticar uma criança.

A instabilidade está instalada!

Foi um ano letivo difícil e a constatar o aumento de obsessões e comportamentos agressivos.
- bater numa colega que o fez perder um jogo
- a frustração das notas dos testes
- não permitir que lhe mexessem na mochila
- partir um vidro na escola
- recusar trabalho

E em casa...
- partiu um computador
- antes de se deitar as cadeiras têm de estar alinhadas
- os comandos de televisão igualmente arrumados
- os sapatos juntos e alinhados
- insistência de não mudar a rotina do caminho escola/casa
- insistência nos termos corretos:
     - não são persianas - são estores!
     - não é atalho - é corta mato!

E agora chega o final do ano letivo. Com altos e baixos o J. é confrontado mais uma vez com uma mudança na sua rotina, nos seus hábitos, na sua adaptação.
 

Estando matriculado por disciplinas, o conceito de chumbo do ano não se aplica na realidade escolar do J.  Mas tendo ele consciência que tem negativas, concluiu que chumbou o ano. Mas a pior notícia que pude dar ao J. foi que no próximo ano já não será nem 5ºA, nem o 6ºA. Portanto teria de voltar a adaptar-se a novos amigos, a novos professores, a novas disciplinas e a novo horário.
 

O choro foi inevitável, a instabilidade e tristeza instala-se de novo na nossa relação e no nosso dia-a-dia.
 

Tomou consciência das consequências desta mudança! Então iria deixar de ter educação física? Consegui tranquiliza-lo, pois a atitude na escola foi muito positiva nesta situação e foi decidido que embora já tenha tido a nota positiva em educação física, iria continuar a poder frequentar, não sendo neste caso avaliado.

Entretanto chega a nossa consulta de desenvolvimento.

Foi uma consulta emotiva. Muitas vezes tive de fazer uma pausa, para conseguir continuar... inevitavelmente aslgumas lágrimas caíra, e a voz tremeu.

Tento que o J. seja participativo nas suas consultas.
Pedi para ele contar as novidades:
- Mãe, começa tu!

No meio do discurso pedi-lhe para falar sobre o que sentia em relação à nova turma:
- Estou muito triste. Agora que já estava a habituar-me aos novos amigos...


Fez-se um pausa... fez-se um silêncio doloroso...

Como mãe, tem sido doloroso para mim constatar este novo quadro.
É tempo de parar. É tempo de parar para pensar em novas estratégias... e ganhar força para mais uma vez iluminar esta esta estrada em que a luz começou a fraquejar...

Mas da consulta concluímos que a medicação não é readaptada há muito tempo. Mas o crescimento do J. não parou.  Neste momento o J. entrou em desmame da medicação.

Chegou de novo o momento de ponderar os prós e contras de retirar ou não a medicação...

Isto é o que temos sem medicação. Um J. instável, agressivo e em sofrimento.

O cenário ideal seria não ser necessário tomar a medicação, mas com este quadro... Tenho de admitir que não podemos suspender a medicação.

Assim vamos começar uma nova etapa!

- lidar com a entrada do J. na adolescência
- ajuste na medicação - risperidona
- um novo PEI
- novas estratégias
- e continuarmos a ser felizes!

Agora vamos de férias, mas vamos continuar por aqui!