quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Porque avaliar? Para que avaliar? O que avaliar? Como se avalia?

Não sei se choro pela queda... não sei se rio pela confrontalidade e realidade das coisas.

"Os inicios dos anos lectivos são sempre difíceis para o J. pois tem de fazer uma readaptação ao contexto escolar. Na área das interacções pessoais apresenta estabilidade, com excepção da relação com o colega E. Na presença do qual continua a manifestar comportamentos excessivos e de imitação. A receptividade às aprendizagens é irregular pois nem sempre se encontra disponível ou porque está com a atenção dispersa ou porque se encontra apático. Continua a denotar imensa dificuldade no pensamento abstracto principalmente ao nível dos cálculos matemáticos. O processo de aquisição da técnica de leitura/escrita está a ser lento… de referir que esta criança não beneficiou de adiamento da escolaridade obrigatória nem de retenção, notando-se um maior desfasamento ns suas competências ao ano de escolaridade."

Porque avaliar? Para que avaliar? O que avaliar? Como se avalia?

Entendo que a avaliação é fundamental para diagnosticar e descrever a criança de acordo com a idade e a sua evolução dentro das atividades e habilidades na sala de aula.

A peça fundamental neste processo é o professor. E é importante para nós pais, para termos uma noção do seu crescimento social, motor e individual. Esta avaliação vai permitir trabalhar com a criança de forma a aprimorar as habilidade que não estão tão bem dominadas.

Não é fácil avaliar, principalmente crianças com necessidades educacionais especiais. Acho que é nesta altura que os professores colocam à prova as suas capacidades, como ponte para o conhecimento. Mas temos que levar em conta uma questão – crianças com necessidades educacionais especiais têm as suas limitações e apenas devem ser avaliadas dentro das suas possibilidades! Não acompanham o mesmo ritmo da turma e por isso não devem ser comparadas, mas sim ter a sua avaliação diferenciada.

Não podemos esquecer que têm os mesmos direitos e existe um compromisso de as preparar da melhor forma possível para uma vida autónoma e com qualidade. Precisam de ser independentes e também preparados para o mercado de trabalho, mas tem de ser feito com cuidado, para não traçar objetivos muito elevados que podem levar à frustração.

Na nossa ultima consulta de desenvolvimento, saí a refletir todos estes pontos.

Gosto muito da expressão da Drª I.P – de desenvolvimento que diz:


- Tem dificuldades em matemática? Não sabe somar? Não consegue contar a tabuada em conjunto com a classe? – É para isso que existem as máquinas de calcular!

O mais importante é o que consegue aprender e valorizar a aquisição desse conhecimento. Avaliar as situações de aprendizagem que foram oferecidas e como elas foram aproveitadas. A partir daí planear outras atividades que enriqueçam e promover novas conquistas a partir do que foi aprendido.

Todo este trabalho tem de ser em conjunto com todos para que não sejam prejudicados no processo de aprendizagem. E só com este trabalho em conjunto será possível alcançar o sucesso na aprendizagem.

CONCLUSÃO:
Valorizar as conquistas!


domingo, 6 de novembro de 2011

Estrabismo - óculos novos


Já falei sobre este assunto, mas nunca é demais!

Estrabismo é um defeito no alinhamento dos olhos, ou seja, eles apontam para diferentes direções. No caso do João, para dentro – convergente.

‘Quando a visão binocular é normal (os dois olhos funcionam juntamente) ambos os olhos focalizam o mesmo alvo. A parte visual do

cérebro funde as duas imagens numa imagem tridimensional única. Quando um olho desvia, como ocorre no estrabismo, duas imagens diferentes são enviadas ao cérebro. Em crianças, o cérebro aprende a ignorar a imagem do olho mal alinhado e vê somente a imagem de um olho. Isto causa perda da percepção da profundidade e da visão binocular.

Adultos que desenvolvem estrabismo frequentemente têm visão dupla, pois o cérebro já está treinado a receber imagens de ambos os olhos e não consegue ignorar a imagem do olho desviado.


Os óculos ajudam a reduzir o esforço da focalização e podem endireitar os olhos. Ás vezes, óculos bifocais são necessários para o trabalho de perto. Colírios ou lentes especiais, chamadas prismas, também podem ser usados para endireitar os olhos.


Com o João a crescer, foi necessário adaptar os óculos! A nova aquisição!

Inicialmente azuis escolhidos pela mãe e depois a ‘guerra’ com o João que tinham de ser os pretos, iguais a um amigo da escola.

Surgem os vermelhos...! Lindos no seu rosto, divertidos e de acordo com a sua personalidade; mas o João não queria. Até porque o João é do Sporting. Mas nada como uma boa estratégia:

- João, com os vermelhos, consegues conquistar qualquer menina! Consegues as namoradas todas que quiseres.

- De repente oiço o Joãozinho:

- Sra. quero levar os vermelhos!



domingo, 16 de outubro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

NOVIDADE - Começar as aulas

Mais novidades em BLOG ACTIVIDADES
(http://actividadesautistas.blogspot.com/)

Bom u
so!


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

NOVIDADE - Blog actividades


Novidades no BLOG Actividades!

“Acredito que o esforço será recompensado” - para ambas as partes!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

MAIS NOVIDADES

Novidades no BLOG Actividades!
Umas para o regresso às aulas e outras para usar ao longo do ano.

Tudo o que aqui coloco trabalho ou uso cá em casa!

Espero que seja do vosso agrado e vos seja util.

Tangram I e II; Cartões SIM-NÃO; Decoração Porta ou Sala (Inverno e Natal)


DIVIRTAM-SE A APRENDER!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

NOVIDADES: Aprender a atar os Atacadores


Para muitos uma acção básica e comum do dia a dia, para outros continua ainda um quebra cabeças.

Aprender de vez a atar os atacadores para não tropeçarem enquanto correm.




Dowload em: Actividades


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Malformações de Chiari


Hoje o meu texto talvez não seja o mais positivo como sempre tento ser. Com a esperança que quero passar... mas a verdade é que a minha esperança era que nada mais acontecesse e... tenho de voltar a ter esperança!

RELATÓRIO 2011:

- Espectro de autismo

- Hiperactividade

- Défice de atenção

- Problemas emocionais

- Medicado...

- ... MALFORMAÇÃO DE CHIARI

Textos retirados da net para entender, pois já não consigo pensar, racionar... simplesmente apetece-me parar...

INTRODUÇÃO:

A síndrome de
Arnold-Chiari, ou má formação de Arnold-Chiari, consiste em uma mal formação rara e congênita do sistema nervoso central, localizada na fossa posterior da base cerebral. Esta malformação possui uma variabilidade de sinais e sintomas sendo que as principais consistem em alterações na estrutura do tronco cerebral e algumas vezes acompanhado de hidrocefalia.

A causa da Malformação de Chiari é desconhecida. Pode ocorrer durante o principio do desenvolvimento embrionário do cérebro e da medula espinal. Uma pequena fossa posterior anormal força o cerebelo para baixo.

Algumas pessoas têm também siringe ou siringomealia (que basicamente se trata de uma longa cavidade cheia de fluido que se desenvolve na medula espinal, danificando-a).

SINTOMAS:

Incluem perda de força (principalmente nas mãos), dor generalizada, dormência, perda da sensibilidade da temperatura, insegurança, visão dupla, dificuldade na pronúncia, dificuldade para engolir, vômitos, zumbido no ouvido, dores cervicais recorrentes e espasticidade, que consiste na contração persistente e involuntária de um músculo que progridem a partir das extremidades inferiores. torcicolo, opistótono, cefaléia, vertigens, paralisia das cordas vocais, apnéia, nistagmo congênito, dificuldade para deglutição, ataxia e atrasos no desenvolvimento.

TRATAMENTO:

Há muitas maneiras de tratar as malformações de Chiari, mas todas elas requerem cirurgia. A cirurgia é feita através de uma incisão na parte de trás da cabeça e do pescoço sob anestesia geral e visa a descompressão das estruturas nervosas e o restabelecimento da circulação do líquor.

Malformações muito graves Chiari podem ser fatais.

NADA MAIS CONSIGO ESCREVER...


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Inclusão: Vamos construir uma ponte

Foi-me dada a oportunidade de participar num projecto único e inovador para mim. Participar, divulgar e passar uma mensagem aos colegas da escola do J., de forma atractiva o tema INCLUSÃO. A ideia surgiu de imediato, mas depressa levou-me a reflectir sobre a importância deste tema e como no futuro pode efectivamente reflectir-se na formação de uma sociedade menos egoísta, menos egocêntrica e mais tolerante.

Acima de tudo, temos de pensar que as nossas crianças veem e compreendem o que as rodeia de forma diferente e que não só temos de nos adaptar como ensinar a reagir às diferentes situações com que diariamente se deparam. Todos os dias é um processo de aprendizagem mútuo e enriquecedor, porque também nós pais, crianças e profissionais, aprendemos a ver o Mundo de uma forma diferente. A família e a escola são dimensões sociais com exigências próprias com as quais as nossas crianças têm dificuldade em lidar de forma adequada, porque as competências base para o fazem encontram-se alteradas. Nas relações com outras crianças, sobretudo na escola, é importante SENSIBILIZAR TODOS para as suas peculiaridades para que se consiga aprender a aceitar a diferença.

INTEGRAÇÃO: “1% de cooperação é mais do que 100% de compaixão”

Integrar é a possibilitar que pessoas com ‘desvantagens’ possam viver como membros activos da comunidade a que pertencem, com direitos e deveres – conseguir que cada membro da comunidade aceite as diferenças individuais como inerentes aos seres humanos – é uma condição básica para favorecer a integração. O respeito pela ‘diversidade’ é fundamental.
O reconhecimento das diferenças entre as pessoas enriquece qualquer comunidade.

VAMOS TODOS JUNTOS FAZER UMA PONTE

Crianças com NEE necessitam de uma ponte para transitarem, uma vez que se encontram isoladas do mundo. Somente os seus pais e um GRUPO HUMANO poderão construí-la. Uma escola integradora beneficia, não somente as crianças integradas, mas também toda a comunidade educativa. A consciencialização da sociedade face à integração e o facto de aceitar essas diferenças, construindo um lugar para TODOS no qual haja uma ponte forte e segura sob bases sólidas.

Estratégias? Trabalhar na sala de aula de ensino regular, em conjunto estes ‘conceitos’.
Vamos conseguir evitar a marginalização, dando oportunidade a todas as crianças com NEE a possibilidade de integrarem-se num centro de ensino regular

Os argumentos a favor da educação inclusiva não são somente educacionais. Existem razões sérias a nível social e moral que a justificam. A educação integrada pode estabelecer as bases para uma SOCIEDADE MAIS ABERTA, à qual TODAS AS PESSOAS e na qual um ser ‘diferente’ seja aceite e valorizado como parte da humanidade. A inclusão na sociedade das pessoas ‘diferentes’ começa com a sua aceitação numa das primeiras formas de socialização - A ESCOLA. A inclusão permite aos alunos SEM NEE a oportunidade de partilharem com crianças COM NEE num ou noutro modo e aprender a aceitar e a respeitar essas diferenças. Por outro lado, as crianças com NEE têm a possibilidade de se tornarem uma parte da comunidade escolar e obter uma ideia ‘realista’ sobre a sociedade multiforme e competitiva na qual vivem. Irá fortalece-los para que possam participar de uma forma mais plena na sociedade quando forem adultos.

Inclusão de crianças com NEE constituí um duplo processo: prepara a criança com NEE para passarem a ser parte da sociedade, ao mesmo tempo que prepara a sociedade para recebê-las.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Como explicar: Morte

O ano passado fomos ao Rock In Rio e ao Forum de Faro (!!!!) por causa dos D'Zart. Este ano ainda tentei contactos para o João poder ver no dia do seu aniversário os D'Zart a dançar e a cantar só para ele. O João imita todas as coreografias! As letras sabe de cor... não existe um viagem que não estejamos a ouvir as suas músicas.
Hoje foi c
omplicado explicar ao João que Angélico tinha morrido.
Expliquei que foi um acidente, a importância do uso do cinto de segurança, mas especialmente, que já não voltariamos a ver o Angélico a cantar e a dançar ao vivo.

As questões foram muitas, mas sempre as mesmas. Porquê? E depois de explicar novamente. Segundos depois vinha a pergunta: Porquê o Angélico morreu?

Recentemente perdemos o nosso animal de estimação ( o nosso Malhadinhas). Após as muitas questões repetitivas e explicar sempre com calma para entender que não existia outra resposta; o João decidiu responder à sua questão com bastante simplicidade. E acabou por explicar-me porque o Angélico morreu:

- O Angélico foi para ao pé do Malhadinhas e vai cantar e dançar para ele!


Perante esta explicação - foi impossível não deixar cair a lágrima pelo rosto...

Criatividade sem limites

Após desfazer uma meia - nada mais divertido que começar a puxar por um fio - e não se vê o fim! Deixou de exitir uma meia e passou a existir um enrolar de fio, todo embaraçado.
Bem, lá se foram as meias, vamos lá deitar tudo fora.
Mas afinal a brincadeira só agora tinha começado!
Pegou nos fios, fez umas 'bolinhas' e coloca nos ouvidos.
- Mãe, olha para mim! Agora sou o Frankenstein!
Queria dormir dessa forma, à qual é óbvio não permiti.
- OK Mãe, vou guardar e amanhã vou para a escola de Frankenstein!

Lição de Vida:
"Fazer que cada hora da nossa vida seja bela. O mínimo gesto é uma lembrança futura!" by Claude Aveline

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Soluções de Fichas Matemáticas



Não existe uma definição de
insucesso. Mas aqui deixo as solucções :)

Aproveitem!

Download das fichas originais

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Visão Monocular

O J. foi a mais uma consulta de avaliação oftalmológica. De 6 em 6 meses é mais uma das nossas rotinas! Mais uma vez foi-me explicado que, efectivamente, os progressos do J. têm sido muito bons.
Mas a cirurgia apenas está a ajudar o J. no desvio do estrabismo. A sua avaliação de
visão monocular é definitiva e para sempre. Deixa-me apreensiva, pois não é meramente não ter ver a 3ª dimensão. É um pouco mais complexo que isso. Muito resumidamente é dizer que vê com um olho de cada vez, ao contrário da maioria das pessoas que tem uma visão binocular.
Ter uma visão monocular é normalmente perder a visão binocular e existir uma redução do campo de visão periférico.
Pode-se dizer que com uma visão monocular vê pior, isto porque vê somente com um olho (ora com um, ora com outro - no caso do J.). Com a visão binocular vê com os dois olhos ao mesmo tempo.
Associado à visão monocular poderá estar o 'olho preguiçoso' - pela acomodação (um olho passa a focar mais que o outro).
Claro que tudo isto tem as suas consequências: dificulta o controle de movimentação, distância e equilíbrio – aqui criam-se os primeiros obstáculos – ir de encontro com objectos e as pessoas, dificuldade em subir e descer escadas; dificulta em muitas actividades da vida diária que requerem a estereopsia e a visão periférica! - Existe uma dificuldade na percepção de profundidade.
Por isso é importante a prevenção e a detecção do problema o mais cedo possível.
Sei que existem profissões que o J. jamais poderá exercer – cirurgião, arquitecto, pilotos, controlador aéreo…
O J. ainda é pequeno e por isso ainda não se apercebeu das suas 'incapacidades' - fica somente frustrado quando não consegue algo… com o tempo poderá vir a 'mexer' com a sua auto estima.
É definitivamente um problema! E aqui entra a minha preocupação, que com tantas limitações e necessidades de prevenção, possam existir tantas pessoas em lista de espera para uma cirurgia, que pode mudar a vida de uma pessoa.
O J. conseguiu porque tem um seguro de saúde… caso contrário ainda estaria em lista de espera e a sua redução de visão neste momento poderia ser total!
A possibilidade de o J. vir a deixar de usar óculos é mínima! Existe a necessidade de proteger os seus olhos. Neste momento parou de perder visão! E porquê? - porque foi detectado a tempo e feita a prevenção precocemente!
Não estamos perante um problema meramente estético!

domingo, 3 de abril de 2011

Diferença

"Eu não sei se aquilo de que eu gosto em ti é o que te diferencia de mim ou o que temos em comum. Quer gostes ou não, agradas-me pelas duas coisas. O que é comum reconforta-me, o que é diferente, estimula-me..." - Joan Manuel Serrat

As crianças 'diferentes' não são inferiores, no entanto continuam a ser vistas como inadaptadas e verifica-se uma tendência para o seu isolamento por parte das famílias. Mas a família que tem um membro com deficiência não tem de se diferenciar das famílias que não o têm.

“Autismo: Manual para as Famílias”

DOWNLOAD
Um manual para as Famílias. Um 'kit de ferramentas' para auxiliar as famílias antes, durante e depois do diagnóstico de autismo. Informação retirada do site: Autismo & Realidade

segunda-feira, 28 de março de 2011

Diagnóstico Autismo

Tomei conhecimento de uma situação surreal. Não sei bem a veracidade e em que contornos está a acontecer, mas uma médica fazer um diagnóstico a uma criança dizendo que é Espectro do Autismo, quando na realidade é Autismo Severo... motivo desta explicação (???): pouco existe para fazer por esta criança e os pais não estão preparados para o verdadeiro diagnóstico.

Não sei se é possível que isto esteja a acontecer nos dias de hoje, mas sendo verdade, estou indignada!

Resta-me acreditar que essa mãe irá ler este post, identificar-se e tomar as devidas medidas.

Nunca é demais serem trabalhados, estes meninos são uma caixinha de surpresa!
Ainda me lembro no inicio do diagnóstico do J. não conseguir obter respostas concretas, mas eu queria respostas e resultados! Nunca nenhum médico me disse que não existia nada a fazer! Simplesmente, que não era possivel saber!

As medidas de 'tratamento' passam por um caminho longo!

São programas intensos e abrangentes que envolvem a criança, a família e os profissionais, sendo indicado começar o mais cedo possível.
Os programas de intervenção para os principais sintomas abordam as questões sociais, de comunicação e cognitivas centrais do autismo. Os objetivos dos programas de tratamento são traçados de acordo com as dificuldades e habilidades da criança, sendo levada em conta a fase de desenvolvimento em que se apresenta. Geralmente a intervenção comportamental, a terapia da fala, ocupacional e psicopedagógica fazem parte do programa.

Os métodos de intervenção são vários e aplicados de acordo com cada criança, mas são aplicados. Ninguém desiste de uma criança, seja qual for o seu diagnóstico!

* Análise do Comportamento Aplicada – o muito conhecido, abreviando ABA – preparar a criança para estar em diferentes ambientes, com pessoas diferentes, inclusão social, escolar e profissional
* Treinamento e ensino de Crianças com Autismo e Outras Dificuldades de Comunicação Relacionadas – abreviando, o tão conhecido TEACCH – ajuda a traçar estratégias cognitivas e comportamentais, para a criança adquirir habilidades. E engane-se quem ache que é uma técnica usada só pelos professores. Também em casa é possível usar e trabalhar! Permite a criança organizar-se e estruturar-se, através de repetições e muita insistência. Trabalho, trabalho, trabalho.
* Sistema de Comunicação por Troca de Figuras - os nossos amigos PECS (Picture Exchange Communication System) - permite a criança comunicar através de cartões com imagens. Mais uma vez, usa-se na escola, em casa e até na rua. Existem bolsinhas de transporte , uma fita ao pescoço, um dossier, existem muitas forma de serem utilizados, de acordo com a necessidade da criança e o respectivo grau. Através destes cartões a criança, com a ajuda de todos (!!!) começa a construir o seu vocabulário e exprimir os seus desejos.
* Terapia da Fala – não só para quem não consegue falar, mas embora possam falar, têm dificuldade em compreender e dificuldade em comunicar. O principal objectivo é a criança aprender a comunicar de forma útil e funcional, seja pelo domínio da língua falada, seja por sinais e/ou gestos.
* Terapia Ocupacional - tornar a criança o mais autónoma possível, juntando um trabalho cognitivo, físico e motor. Pode ir desde aprender a brincar, como algo tão básico da vida diária de como se vestir, comer ou ir à casa de banho. Assim como a parte social, motricidade fina e percepção visual.
* Fisioterapia - quando existem dificuldades motoras é uma das razões para ter fisioterapia. Mas não só. Poderá ser para tratar a falta de tônus muscular, equilíbrio e coordenação.
* Acompanhamento psicopedagógico – com o objectivo de desenvolver a aprendizagem, utilizando técnicas que facilitem essa aprendizagem e principalmente encontrar o seu potencial e desenvolver esse potencial.

E alguém diz que não existe nada a fazer por esta criança porque os pais não estão preparados?

Deixo aqui mais material de leitura que considero útil para todos

* "Informações e recomendações para pais com filhos com autismo, em especial os recém diagnosticados"
.

* Blog realista de uma criança com autismo severo.

Um autista severo poderá nunca adquirir comunicação linguística (nunca vir a falar), mas consegue trabalhar perfeitamente com um computador… E continuamos a dizer que nada existe para fazer por esta criança, porque os pais não estão preparados para o diagnóstico?


* Também neste Blog como uma criança com diagnóstico de autismo severo consegue começar a dar os seus primeiros passos na sua autonomia nas rotinas diárias
.

* Contactos para pedir ajuda

"A luz só é evitada por escaravelhos, ladrões e ignorantes."
Paolo Mantegazza

domingo, 27 de março de 2011

Amor

"É mais fácil passarmos aos filhos as nossas paixões que os nossos conhecimentos." (Barão de Montesquieu) - faço-o diariamente! Sou retribuida da melhor maneira que pode existir!Entrega inocente dos seus carinhos. Maravilhoso!♥♥♥

Eu sou autista... e o teu poder qual é? :)

Viver com o autismo

Muitas crianças com autismo ligeiro vão crescer e ser capazes de viverem a sua vida de forma quase autónoma. Mas aqueles com autismos mais profundos vão sempre precisar de ajuda. Mas não vamos esquecer que todas as crianças autistas podem ter uma vida feliz se tiverem o apoio e amor dos pais, irmãos, família, médicos, professores e colegas.

As crianças autistas, tal como todas as crianças, são diferentes no comportamento e habilidades. Todas as crianças com autismo têm sintomas diferentes, o que torna difícil diagnosticar o autismo. Um sintoma pode ser fácil de ver numa criança e não se ver noutra.

No dia 2 de Abril assinala-se o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo. A data, instituída pela ONU em 2007, pretende ser um marco na sensibilização e na homenagem a todas as pessoas e respectivas famílias que todos os dias vivem esta realidade, enfrentando geralmente muitas dificuldades e discriminações.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Porque amo o meu pai…

É um blog sobre o João. Com tal, jamais poderia deixar de passar esta mensagem por aqui; pois é o NOSSO pai. E fica aqui o nosso agradecimento.

19 de Março, dia em que todos presenteiam os pais, de sangue ou de coração, como for, agradecer por tudo o que fizeram.

Para o meu pai, só tenho de agradecer.

O meu pai ensinou-me a ser honesta, sincera, paciente, porque só com muito esforço e perseverança é que nascem os frutos que plantamos.

O meu Pai ensinou-me que roubar é errado e que é sempre possível viver com o que temos, mesmo sendo pouco. Até nos momentos mais difíceis, ensinou-me como nunca deixar de viver. De viver, e de viver bem somente com o essencial.

Tenho um pai que não é ganancioso, e sempre soube dar o passo certo conforme a força das suas pernas.

Eu? Agradeço por me ter ensinado a ser assim.

Disse-me não quando não podia, ensinou-me que tudo na vida tem limite e que nem sempre podemos ter tudo o que queremos. Melhor ainda, ensinou-me que não precisamos de ter tudo o que queremos para sermos felizes.

Hoje considero-mo uma pessoa justa, sincera, crítica e às vezes até metódica, e acho que tudo isso é positivo.

Sou como sou, pela educação que os mus pais me deram, mas posso afirmar que não seria assim se não tivesse presenciado durante a minha vida, o meu pai a praticar tudo o que me ensinou.

Obrigado pai, por me ensinares a ser uma grande pessoa.

Obrigado por seres uma grande pessoa.

Da tua filha ***

terça-feira, 8 de março de 2011

Partilha


Tenho de partilhar o que partilham comigo. Existem pessoas que estão nesta profissão por amor e dedicação. Por isso deixo aqui as palavras que Prof do J. partilhou comigo. Um OBRIGADO não chega!

"O nosso João está a cada dia mais crescido. Hoje atrasei-me um pouco, porque apanhei um acidente em C.O. (onde moro) e o João entrou na mesma sozinho. Brinca logo de manhã com os colegas e anda sempre muito feliz no recreio. Ontem preparei uma ficha para ele hoje de tarde fazer sozinho, e correu muito bem.
Também já dá todos os recados na perfeição.

Sinto-o mais feliz, e por isso, quis partilhar consigo. :)"

É por tudo isto que conseguimos chegar onde chegamos e iremos muito além disto!
É muito carinho e dedicação de todos que nos faz chegar aqui.

sábado, 5 de março de 2011

PDS - Educação

Tento estar sempre presente. Tento dar o maior conforto e segurança. Tento que exista o maior equilíbrio emocional. Tento ser o melhor na educação escolar. Tento ter limites de autoridade razoáveis, para que consigam controlar a sua impulsividade, para que não sejam egoístas, que consigam respeitar o próximo, o outro; e tento ser o exemplo. Estou habituada a ser eu a decidir, 'o quê', 'como', 'quando'… Tento tomar sempre a decisão mais correcta, de forma que consigam viver num ambiente cómodo e agradável. Tento que existam o mínimo de conflitos, tanto a nível familiar como escolar; comportamental…
Sim, admito, que está a ser difícil. Não é difícil aceitar que estão a crescer, não é ter saudades de quando eram bebés… Mas o receio de não conseguir evitar que se magoem… Sei que o único caminho, o melhor método para se aprender algo é vivendo! Não quero de maneira alguma ter um papel de autoritarismo, mas sim em apoiar, compreender e acima de tudo ter uma excelente comunicação com eles!
Mas na verdade, como todas a maioria das mães, só quero o melhor para eles, acabando por ser perfeccionista em tudo o que faço. E quando erro, tenho dificuldade em aceitar esse erro. Nem sempre corre tudo como eu desejava! E nessa altura o meu sossego acaba. Onde, como errei e quais as consequências do meu erro? A ansiedade aumenta! Porque não consigo ir buscar os meninos à escola? Não consigo acompanhar todas as actividades deles! Não consigo estar presente em todas as reuniões escolares! Parece que perdi o meu eixo, o meu caminho. Era tão bom que por vezes existisse um manual de instruções.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Formigueiro

Comento: Espera João, a mãe está com formigueiro!
Após uns segundos, passa a sensação. Pergunta o João:
- Já passou o formigueiro?
- Sim! - respondo-lhe
- Ah! Formigas na cama é que não!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Estações do Ano

Novidades!

Jogos: Estações do Ano - DOWNLOAD
Actividades: Ficha Estações do Ano - DOWNLOAD


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Consulta de Desenvolvimento 2011


4 de Fevereiro, consulta de Desenvolvimento.

E aqui estarei eu novamente a falar de um assunto que sei levantará polémica.


RITALINA


E lá fui eu mais uma vez pesquisar na Net, saber de mais informações, mais novidades... mas as polémicas continuam as mesmas, e temos efectivamente de analisar caso a caso cada criança, cada diagnóstico, e mentalizar-nos que nenhuma decisão é tomada de ânimo leve.

A decisão não foi tomada de um dia para o outro. E quem acompanha este blog, sabe que levei mais de um ano a aceitar a decisão dos médicos. E digo médicos, porque, jamais permitirei a mim própria e ao João que seja feito um diagnóstico precipitado. Foram feitos diagnósticos em vários contextos: familiar, escolar e extra-escolar. Mas foram vários os sintomas que persistiram e aumentaram.

O J. é acompanhado por uma equipa multidisciplinar fantástica, que como já disse em outros post’s; vai desde pediatra, pedopsiquiatra, psicólogo, neuropediatra, desenvolvimento e técnica de ensino especial. E foi no juntar toda a informação fornecida por mim e esta equipa, foi possível mais uma vez, chegar à conclusão que se chegou (com muita tristeza no meu coração!, com muita frustração interior...) – AUMENTO DA DOSE DE RITALINA

Antes de me colocarem a questão se não penso nos efeitos secundários a curto e longo prazo, ou se os estou a desprezar? ... penso que a minha tristeza e frustração responde a essa pergunta.

Mas pelas vias mais dolorosas, percebemos todos que o seu diagnóstico não é um exagero, não está a ser excessiva, face aos efeitos positivos que tem no J.


Estou de consciência tranquila, que foram feitos todos os diagnósticos adequados, que foi levantada toda a informação necessária, em diversos contextos, para não existir nenhuma margem de erro no diagnóstico. Pois para mim era muito importante ter a certeza que não seria necessário e conseguiríamos ultrapassar todas estas dificuldades sem a ritalina. Não foi só baseada com informação transmitida por mim, pelo contrário...

Não foi uma intervenção de primeira linha. O J. desde o diagnóstico que tem terapias comportamentais, que o poderiam ter ajudado a ‘controlar’ o seu comportamento hiperactivo, mas infelizmente, embora as mantenha, não têm tido o efeito desejado. E não estamos a falar de 6 ou 1 ano. Já as faz desde o inicio do diagnóstico!

Infelizmente, também o diagnóstico do J. não é somente défice de atenção e/ou hiperactividade. Estamos a falar de um menino que tem desde o incio e principal diagnóstico Perturbações Espectro de Autismo.


Existe polémica porque existe ou não prescrição indiscriminada, posso concordar com algumas situações, mas temos que entender que não é aplicável a todas! No J. os efeitos positivos visíveis têm sido a nível académico e equilíbrio emocional. Mas neste momento, talvez devido ao seu crescimento, já vai fazer 8 anos (!!!) a dose não está a surtir efeito algum. Sendo um tratamento sintomático, não tem efeito curativo (infelizmente), a acção sobre o cérebro só dura enquanto o comprimido faz efeito, isso não está a acontecer. Mesmo depois do comprimido, o J. continua instável, irrequieto, impaciente... não está a resolver nem a atenuar os sintomas característicos neste diagnóstico. Como tal, também não estamos a conseguir aumentar a sua qualidade de vida.


Polémicas, polémicas, mas a verdade é que lidar com este ‘problema’ diariamente é um dilema! Neste momento os efeitos secundários, são um mal menor, face ao que temos sem a medicação. Estou a falar da vida escolar e relacional do J. que está a ser destroçada, pela falta de efeito neste momento do medicamento.


Anteriormente, o J. não tomava ao fim-de-semana, nem em tempos de férias, mas mesmo sendo um verdadeiro caos tudo à nossa volta (J., eu e família), conseguíamos superar! Neste momento, pelo menos temporariamente, já não é possível também ‘abrir mão’ do medicamento ao fim de semana. Com uma dose mais reduzida que durante a semana escolar, mas neste momento é fundamental para o seu equilíbrio emocional próprio e dos seus à volta tomar a medicação. Claro que não vejo esta solução com bons olhos, mas não posso ignorar o bem que fez, quando tinha a dose correcta, face ao seu peso e idade na altura.


Existem associações e movimentos que nasceram para combater ou defender o uso ou o não uso deste medicamento.

‘Salvem as vossas crianças, NÃO LHES DÊEM RITALINA’ – respeito esta opinião, esta postura, mas não apontem o dedo, por favor!

http://www.ritalindeath.com/

http://forum.casa-indigo.com/topic.asp?TOPIC_ID=455


O J., assim como outras crianças, só conseguem sucesso escolar (e não falo de grandes sucessos!!!!) – o J. tem 8 anos e não sabe ler nem escrever... não tem noções abstractas de vários temas escolares e realidade!!! – sem a Ritalina o J. simplesmente não consegue estar atento, concentrado numa sala de aula.. e neste momento nem numa actividade do seu gosto – tão simples como uma ida ao cinema! Adora e conseguíamos concentração, mesmo sem ritalina, e neste momento... nem algo tão simples, como uma ida ao cinema é possível!


Antes, sentia-me perdida quando pesquisava sobre o assunto. Hoje sinto que a minha experiência como mãe, permite-me sentir tranquila na decisão. Frustrada e triste por não conseguir ajudar o J. sózinha! Mas tenho de aceitar, pois tudo é muito complexo, mas é uma realidade!


Continua com as terapias, mas infelizmente, também elas, por si só, já não são a solução!

Quem me dera poder estar aqui a relatar que o J. simplesmente está a passar uma fase normal para a idade, ou simplesmente é uma criança mal criada. Quis durante muito tempo acreditar nisso! ... mas não é a nossa realidade.


Se eu não confiar na equipa multidisciplinar à volta do J., em que me considero incluída, num neuropediatra, com tanto conhecimento como o Dr. José Carlos Ferreira... vou confiar no quê e em quem? - Bom, vou responder a esta pergunta de retórica: CONFIO EM MIM COMO MÃE!


NOTA: também risperidona teve de ser aumentada...


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Novas fichas matemática - ADIÇÃO

DOWNLOAD em 'Blog Actividades'

Vejam todas as novas fichas de adição.
Vários níveis para que inicialmente, com a prática sejam capazes de ser autónomos a realizar a tarefa.

- Que seca mãe! - dirá hoje o João




segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Nova Ficha Matemática - Adição

Com abelhas ou sem abelhas, os problemas interessantes da Matemática têm, para o pesquisador, a doçura do mel.
Faz DOWNLOAD 'Blog Actividades'



sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

'De que serve ao homem produzir cada vez mais, se não sabe partilhar o que produz?'

Se me oferecessem toda a sabedoria do mundo com a condição de guardá-la só para mim, sem a comunicar a alguém, eu não a queria















Sucesso :)



Aqui está o prometido!
Concluo com uma frase de Robert Colier:
'Sucesso é a soma de pequenos esforços, repetidos o tempo todo.'

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A importância da Matemática na vida da criança

Fazer DOWNLOAD no 'Blog Actividades'

Como vos disse, estamos no mês da matemática. Nada oficial,!!! Mas aqui é o mês da matemática. Por isso vos deixo algo mais relacionado com a matemática. Desta vez não é um jogo, mas uma ficha com princípios básicos. Como podem ver no filme e posteriormente, colocarei o resultado do João :) !!!
Estou a dar esta importância porque desde sempre a matemática é vista como difícil e com pouca relevância para a nossa vida diária. Mas eu também já fui aluna de matemática, tive as minhas dificuldades com ela, os meus dramas, mas aprendi a gostar e a perceber a importância que ela tem no desenvolvimento mental do indivíduo, diria mesmo, fundamental!
No meu ponto de vista, a grande mais valia da matemática não é apenas a simples aritmética do dia a dia, mas sim, o desenvolvimento do raciocino. E o raciocínio que temos de desenvolver para a resolução dos problemas matemáticos, pode, e deve ser, utilizado em muitas outras áreas do conhecimento e da nossa vida.

Por isso, devagar, de forma atractiva e divertida, decidi tentar ‘descomplicar’ a matemática.

O que vamos conseguir agora na criança?
- Uma estruturação do pensamento
- Realizar funções na vida corrente
- Aprendizagens futuras

Concluindo? – Ajudar a tornar-se num indivíduo competente, crítico e confiante!