segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Truth be told


A palavra progresso não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes! Albert Einstein
 
 
 
 
 
Ser mãe de um menino autista dá muito trabalho. Muito muito trabalho.
No entanto, a alegria que me dá é infinita!

Quando se sente frustado não se sabe exprimir. Custa vê-lo assim. Acaba por ser muito stressante. .

É um desafio, mas tornou-me mais forte.

É fácil perdermos-nos no lado negativo mas ao longo dos anos, aprendemos que também existe um lado positivo.
Dá-nos uma alegria imensa.
Dá-nos amor que não se encontra frequentemente.

Mas o autismo torna-o agressivo e quando se sente frustado não o consegue expressar: são birras, gritos.

As conversas não são normais.
É difícil saber o que faz durante o dia.
Quando lhe pergunto como correu o dia, responde:
Estás muito bonita!
Ou responde:
- Essa pergunta já irrita.

Parece que existe algo entre o cérebro e a boca. Algo que impede que chegue cá agora como ele quer.

Gostava de saber porque! Não porque a mim, não porque ao meu filho? Mas sim saber porque tem autismo! De onde? Como?
Não foi fácil a aceitação do diagnóstico.

Como mãe, o mais difícil, é saber que não posso mudar. Queria que a doença fosse embora e não é possível!

Com mais 2 filhos é difícil a gestão. Eles também precisam de mim.

Mas esta é a minha vida e tenho de o fazer.

Ele é querido, inteligente na sua forma de estar. Absorve tudo o que está a sua volta. É maravilhoso!
E tornou-me numa pessoa melhor.

Só desejo que se sinta bem como pessoa, com os seus amigos, na vida e que se sinta orgulhoso de ser quem é.

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